Educando seu gato: recompensa ou punição

Educando seu gato: recompensa ou punição

Aprendizado
Aprender é a mudança de comportamento. Esta é uma característica comum compartilhada por muitos seres vivos, incluindo o gato. Mais especificamente, é a capacidade de compreender como os eventos estão relacionados entre si e como aprender com eles.
Durante a gravidez, a gata já descobre e aprende novas informações sobre o mundo exterior graças aos órgãos sensoriais. Durante o crescimento, o gatinho, assim como as crianças, passa por momentos particulares no desenvolvimento do sistema nervoso chamados períodos sensíveis. Tudo o que o pequeno felino descobre, principalmente nos primeiros três meses de vida, enriquece a sua “base de dados” individual.

bjetos, ruídos, cheiros, pessoas, outros gatos, cachorros e muitas outras coisas são examinados pelo gatinho e memorizados para que ele não tenha medo deles no futuro. O papel educativo da mãe é essencial para conseguir tudo isso. O pequeno deve ser capaz de gerir as suas emoções durante o crescimento para aproveitar ao máximo o seu potencial de aprendizagem. A aprendizagem ocorre apenas quando as emoções são percebidas com intensidade “média”. Os gatos são capazes de aprender ao longo da vida, mesmo na velhice.
 
Educando o gato
Muitas vezes somos levados a pensar que um gato educado é um animal calmo, tranquilo, que não nos incomoda enquanto trabalhamos ou descansamos, deixa-se acariciar quando queremos ou brinca se tivermos tempo livre para lhe dedicar. Mas isso seria um “animal de pelúcia”, certo?
O processo educacional desenvolve e refina as habilidades do indivíduo. É um caminho que visa fazer aparecer algo que está “escondido”. Educar não significa transformar o gato como os Pet Parents querem ou eliminar o que eles não gostam, mas sim acompanhar o pequeno felino em seu crescimento, revelando plenamente sua personalidade.

Ensinando seu gato: recompensas e punições
O reforço negativo, ou punição, consiste no aparecimento de um estímulo doloroso (como levantar a voz, dar um tapa, isolar o gatinho) que gera emoções negativas relacionadas a esse medo, não só dificultando o aprendizado, mas também pode facilitar o aparecimento de comportamentos agressivos como meio de comunicação para o gato.
As punições também favorecem o nascimento de uma relação conflituosa. No ambiente familiar, o gato é considerado um filho e segue o exemplo da família humana. O pequeno felino aprende a usar a “força” para resolver problemas. Não é possível identificar um limite abaixo do qual a pena possa ser declarada tolerável.
A violência é sempre, e em qualquer caso inaceitável, e afetará o direito do sujeito de respeitar a sua integridade física e mental. Os animais não são apenas seres sensíveis, mas também sujeitos de pleno direito e devem ter seus limites respeitados, evitando o uso da violência que não pode ser considerada uma forma aceitável de educação.
A educação baseada no reforço positivo, por outro lado, permite uma aprendizagem mais rápida e fácil. Um olhar, um carinho, um tom de voz “doce” ou uma petisco delicioso são prêmios que incentivam o aprendizado.

Veja o que fazer:
  • É aconselhável concentrar sua atenção nas coisas que o gatinho faz bem e não naquilo que ele faz de errado;
  • Elogie e gratifique o gatinho quando ele se comporta bem.
  • Quando o gatinho faz algo errado, você pode dizer “O que você está fazendo?!” e fornecer uma alternativa viável.
Por exemplo, se não queremos que o pequeno afie as unhas em nosso sofá preferido, é necessário colocar um arranhador próximo ao sofá para que o animal possa expressar as suas características naturais sem danificar o móvel. Ou, caso o gato pule na mesa para observar de perto o que acontece durante as refeições, podemos oferecer-lhe que se sente em um banquinho alto.

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